Todas as tardes ele vinha,
aquele doce trovador,
espalhando o som
e o tom de sua voz.
Minha janela se abria
ao ouvir sua harmonia,
sua melodia, seu calor.
Minha alma assim o via:
sua canção ela queria
e toda a sua poesia;
entanto, minha pele,
ah, ardor é o que sentia!
Todavia, um belo dia,
foi-se embora a alegria:
O meu sol não apareceu.
Depois a noite desceu,
mas a estrela não nasceu,
pois você, meu Menestrel,
roubando todo o encanto,
levou sua voz e o seu mel
- e nunca mais apareceu.
Traga de volta seu canto
para a rosa que morreu...
Silvia Regina Costa Lima
29 de agosto de 2011