Janela

Pela janela vejo a noite cair,

E o dia chegar...

Observo a mãe preocupada,

O filho ingrato, pela janela...

Pela janela eu vejo o aflorar,

O romantismo, o inocente olhar.

Pela janela eu vejo,

Vejo além de tudo, de todos,

Só pela janela eu vejo!

Eu vejo cabelos esvoaçantes,

Vejo a beleza do mar, eu vejo.

Pela janela um olhar de arrependimento,

De dor, de “contentamento”, eu vejo

Pela janela, é só olhar...

Pela janela eu vejo a lágrima,

o ressentimento, o sofrimento pela dor de amar,

Vejo no caminhar das pessoas, o desânimo,

Como meras folhas secas do outono,

Fracas, sem vontade de continuar...

Pela janela eu vejo as rugas,

As marcas que o tempo deixou,

Vejo os sorrisos de amor...

Pela janela eu vejo o suspiro último,

A mão calejada, pela janela eu vejo...

Vejo pela janela a beleza se esvair

Das garotas bonitas pra quem um dia sorri...

Vejo o dia chegar... aos poucos,

O dia em que ela não será mais minha,

Será do próximo que chegar,

O dia em que a janela não será mais meu lugar!

Paulo Ricardo Pacheco
Enviado por Paulo Ricardo Pacheco em 03/09/2011
Código do texto: T3197764
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