O Sino Soou

o SINO ao longe bateu

seus badalos despertam no poeta lembranças de outros sinos

este de agora convida os fiéis para a missa

soou lá na capela distante

outro longe no tempo

são ecos que ficaram registrados na mente

na minha ao menos

trazem cenas que em mim se perpetuaram

porções como borbolhas que à tona vem

emergem do oceano de coisas passadas

funeral de minha avó:

o féretro à frente

eu no meio seguindo lições deixadas

e o sino atrás a badalar

outro mais longe também ecoa

o motivo já se apagou

chega só a música retumbante

... e eu perdido na dimensão

era eu criança em carne

segundo

ou um anjo descarnado

o terceiro

L.L. Bcena, 06/02/2000

POEMA 348 – CADERNO: LÍRIO AMARELO.

Nardo Leo Lisbôa
Enviado por Nardo Leo Lisbôa em 01/09/2011
Código do texto: T3194864
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.