SAUDADE
(Sócrates Di Lima)
A Ford, no caminho do amor,
Ponto final,
Passe o tempo que for,
Será sempre o marco inicial.
A espera,
Flores sobre o lençol branco esparramadas,
Qunato amor, quanta quimera,
Horas tantas esperadas.
No abraço,
Ossos se alinhando,
A saudade que ocupava o espaço,
Aos poucos se dessipando.
Onde o tempo está,
Se não em um passado remoto,
É a saudade que vem de lá,
Dentro de mim, um terremoto.
Ah! A Lua vista numa noite clara,
A chuva molhando os corpos na doideira,
Um sábado a tarde na lan house para,
Escrever um poema na cidade laranjeira.
De Maria, a saudade...
De Maria cada momento vivo,
De mim a realidade,
Um algo afirmativo.
E o amor,
Ah! O amor nunca morre,
Nem Maria, nem a flor,
Se esquece numa saudade ou num porre.
Ainda, me lembro, dos vinte chope prometidos,
Apenas duas cervejas quentes na confeitaria,
Um sábado a tarde revividos,
Uma peça deixada na sorveteria.
As canções cantadas aos ouvidos,
O cafuné dos braços a cabeça,
Sete horas como dois perdidos,
Lá onde eu nunca me esqueça.
Quanta risada, momentos nunca esquecido,
A nostalgia toma conta de minha alma tanta,
Na loucura de um "B" perdido,
Que até hoje me espanta,
Tantas coisas, simples demais,
Lembro-me, perdidos na saida da cidade,
Esse tempo que não volta jamais,
Mas tudo que eu vivo, mora na minha saudade.
E eu amo como nunca amei,
E eu sonho como nunca sonheir,
E eu vivo como nunca pensei,
Este amor com o qual, para sempre me casei.
29/08/2011 10:47 - Basilissa
saudade que pega a gente , que faz o coração tremer , revivendo lembranças tantas de um doce bem querer!