No silêncio do caminho
Lágrimas desciam pressurosas
Na ânsia de dar passagem
A tantas outras que nervosas
Surgiam nas faces descoradas.

Na tristeza sem tamanho
Encontrava-me nesse cortejo
Olhar perdido e coração partido
À procura de um entendimento.

Agarrada à minha dor somente
Com mãos trêmulas segurava uma flor
E seguia simplesmente num lamento
A imagem dela inerte me causava dor.


Seguia simplesmente com o coração vazio
E no fim da caminhada curta, mas difícil
Início da separação de fato e eu em desvario
Sentia o silêncio falante que, como um míssil
Rasgava meu coração já machucado e febril.

Agora a alma, o corpo, o pensamento
Ouviram um silêncio que gritava MÂE
Quando depositei sobre a minha ROSA
Uma rosa pesarosa!
Era o último ADEUS...