Ela era bela
Ela era bela, e como a noite, conduzia os mistérios enigmáticos.
Pelo campo andava nua, para quem não possuia o dom de pressentir,
O que realizava os instintos noturnos de seu coração a se despir.
Ela era como a noite, trazendo à tona a máxima dos pensamentos.
Ela era bela, e como as estrelas, misturava-se vagamente ao espaço.
E pelos rios, através da lua, nadava nua,
Possuindo o dom de saciar minha sede,
O que isentava o pescador para usar sua aleivosa rede
E se eu não a visse, imaginava
Nos céus faria um traço,
Para no ar dar um abraço.
Ela era tão bela, e como as estrelas, da noite era escrava.