Tanto Tempo sem ver a Tantos
Este Tempo que tanto ruge
Que me deixa tão quieto
Tanto para falar
E o tempo parece tão pouco
Tantos não estão mais aqui para me escutar
E para eles eu queria ainda tanto falar
Mas não tem como voltar no tempo
E aquelas emoções declaradas, ensaiadas tanto
Ficaram aqui guardadas até não sei quando
Foram desculpas para mim mesmo
Foram tantos devaneios, tantas coisas mais importantes
Tanta preguiça de caminhar mais longe
Correr um pouco além
Olhar para o outro lado
Lembrar de alguém
E com ela estar
Aqueles amanhãs chegaram tão perto
Aquelas tardes tão faceiras pareciam voando
Aquelas noites tão frias e eu me aquecendo na minha saudade
Quando eu poderia estar tão perto para aquecer também os seus corações.
Complicada esta vida
De progresso atribulado, compromissos a todo o momento.
De tanto querer e por esquecimento não viver
Esta ansiedade que me levará até o fim
Já me deixa hoje sem palavras
Melhor eu me tornasse um vento sul, gelado.
E fosse de encontro a um calor abrasador para formar uma tempestade
E nela desfazer as minhas energias e gritos em relâmpagos e trovões
As minhas lágrimas poderiam se tranformar em chuvas ao entardecer.