DEGRAUS...
 
Há dias que não preciso de nada!
Tudo está bem, vejo clara a minha estrada!
E o meu coração, resignado caminha;

 
Mas os meus olhos insatisfeitos buscam,
E encontram...
Curvas, degraus, espinhos;

 
E as flores que encontrei
E que ficaram pelos caminhos,
As vejo sem cor...

 
Sem perfume, murchas,
Assim, como eu!
O amor sonhado, vivido, ficou!
 
Vivo.
Subo os degraus,
Mas não ouso sonhar...

 
Busco em minhas fantasias
Somente asas;
Assim, evitarei a queda no abismo...
Com as asas – Poderei voar!