QUANDO A SAUDADE TOMA CONTA
Não é para o dia quente que eu canto,
Não é para a luz que minha voz decai,
É para a noite fria que meu pranto
Tão triste e pungente se esvai.
É para as lembranças de instantes
Tão únicos quanto a íris de tua visão
Que a alma em impulsos agonizantes
Entoa esse som de intensa paixão.
O dia embora também significativo
Não me fere a alma tanto assim;
Mas é à noite, quando tudo era festivo,
Que a saudade toma conta de mim.