a minha mãe



Como ,destas raízes profundas de amor por ti saberia?
Se,ao teu lado,amena,serena,sempre me acalentava...
Deveras,da desventura me poupaste e feliz,assim,seria
Quando ao colo morno,nas fantasias d’infancia,sonhava

Bondosa fada que sem magia e sem misterioso condão
Auscultava,silente, de minha alma ,as angustias e lamentos
E,bem baixinho,cantava cirandas que acolhiam meu coração
Ah!que tua doce presença ,carinho da brisa ,sopro do vento...

Amei-te tanto sem ,contudo,saber das profundezas do amar
Porem,os dias que seguiram foram de uma incontida tristeza
E da vida desististe,um dia, deixaste-me só, sem me avisar!
Pensava viver terrível pesadelo,mas acordado,vi a fria certeza...

Aquela cadeirinha de balanço solitária ,largada,vazia no canto
De imensa saudade,que aperta meu peito,no coração,uma ferida
Ah!mãe querida volta,por um momento e enxuga o meu pranto!
Sem despedida, lamentei que, me deixaria,em tua,subita partida...

ÂÂ