MANHÃ DE CHUVA

Manhã de tempestade, tão pavorosa,
que a cada instante fica mais destrutiva,
tornando a minha paisagem chorosa,
com suas rajadas cada vez mais agressiva.

Já desfolhou o jasmim e também a rosa,
parece possuir a força de uma ogiva,
desce com força, como se tivesse raivosa,
está arrancando  pétalas da sempre viva.

Por que essa atitude tão criminosa,
sobre a bela  flor, que é inofensiva?
Quando calma, e sempre carinhosa,
com granizo, fica pior a comitiva.

Pra mim essa e uma imagem saudosa,
que comigo também nunca foi passiva,
deixando aqui, outra chuva furiosa,
morando em casa, essa saudade negativa.

Como a chuva, que está impiedosa,
deixando minha mente pensativa,
nunca será, sobre mim vitoriosa,
por que consegui esquecer, a poetisa.
GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 15/08/2011
Reeditado em 15/08/2011
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