Que Saudade!

Saudade, quem nunca sentiu, nunca amou.

Ela é fruto de um bom sentimento, mas que causa muita dor.

Quando ela está, alguém se foi, e quanto mais tempo ela fica, mais incomoda.

A saudade é resultado do amor e fruto da ausência da pessoa amada.

Antes que a saudade venha trazer dor, o amor passou plantando sementes de paz.

Ninguém gosta de sentir saudade, mas se sentimos é porque amamos e o amor nunca vem sozinho. Quem ama sabe do que estou falando, sabe que amar não é fácil, ter que às vezes olhar o sofrimento de quem amamos e apenas ser solidário com a presença e com lágrimas. Porque amar é sofrer, mas o sofrimento não é causado pelo amor, e sim pelos limites da força humana.

Quando a solidão se faz presente, sentimos aquele aperto no peito parecendo que o ar está acabando, e após um profundo suspiro, uma lágrima percorre o rosto tantas vezes beijado e desce até o peito. É como se os olhos entendessem o sofrimento do coração e com lágrimas tentassem ungir as feridas causadas pela saudade.

A saudade pode insistir em doer, mas o amor faz a esperança florescer.

O coração é como uma caixinha de recordações, que, ao ser aberta, não pode conter os risos e as lágrimas. As lembranças estão tão vívidas que sentimos o perfume da pessoa amada, é como se ouvíssemos as coisas doces e engraçadas que juntos fizemos.

A esperança somada com as boas recordações são boas companhias quando a saudade insiste em ficar. Assim que a pessoa amada chega, a saudade timidamente se retira, dando lugar para o desabafo de emoções que só sentimos junto de quem amamos.

Se agora as lágrimas saltarem, não serão de dor. Se as palavras ensaiadas se forem, não se preocupe, seus olhos estão em sintonia com seu coração.