Quando realmente é adeus
Na boca, o gosto de uma noite fria,
O hálito com cheiro de saudade,
Os olhos ficaram como janelas vazias,
E a vontade...
Não era de chorar, nem gritar
Era de... apenas não existir.
Lá atrás ficaram o sonhos,
Cansados de tão velhos
E os novos ficaram moribundos
Sem vontade de serem sonhados.
O pensamento se fez artesão,
Tecia fragmentos de recordações
Umidecendo com lágrimas
E agilmente formava blocos de solidão
Onde o adeus se deitava comodamente,
E a angustia, se fazia anfitriã
Para a dor que estava chegando,
Devagar, sem nenhuma pressa.
Porque o tempo se arrasta tão lentamente
Para quem um adeus se faz de sempre?