ENQUANTO ESPERO
(Sócrates Di Lima)
A cada minuto que o tempo segue,
Aconpanha minha saudade,
E esta ausência me persegue,
E inunda meu peito de ansiedade.
Lá se vai o tempo solto,
E eu sem resistência com ele vou,
Em cada pensamento absorto,
Faz-me assim, como estou.
Ah! Esta saudade louca,
Que o meu peito põe pra fora,
Faz-me a mudez rouca,
O grito rasga as vocais e não vai embora.
È esse amor que me faz assim,
Um ser saudoso e bem feliz,
Pois sei que é a frequência do amor dela em mim,
E essa saudade assim condiz.
Pergunta meu coração em sobressalto,
- Por onde anda esse amor tão impetuoso,
E a saudade retruca como um desacato,
- Esse amor é vida e é gostoso.
É o meu amor por Maria,
Que faz-me o dia todo nela pensar,
E para não me sufocar, solto em poesia,
Essa saudade menina que me faz sonhar.
E por Basilissa espero cada manhã de cada dia,
Como se uma nuvem esparssa se abrisse em algodão,
E dela surgisse minha Maria,
Com seu retorno daquele avião.
E eu espero,
A espera não me cansa,
Há nesse amor tudo que eu quero,
Enquanto espero, vivo agora, da sua lembrança.