Preso neste teu certo olhar
Preso num tisnar de um certo olhar jamais ouso acordar..........
Pois basta a mim te rememorar..........logo meu peito põem-se a despertar.
Num minúsculo gracejo do destino eis que um solitário adentrou o Inferno de Dante.........nada foi como antes............pois depois deste prestimoso olhar........
Só posso mergulhar no tempo e a contra mão do vento sempre ei de te rememorar.
Porque faz-me teu escravo particular ?
Te divertes em me visitar na vigília e desmesurar arteira meu sono,é?
Saudades só que ouso te assegurar.........
Nada nem ninguém foi capaz de te raptar das profundezas do meu peito,donde anilas-te teu meigo olhar.....
Nenhuma boca........ou outro corpo mais esguio foi capaz de te desencastelar..........
Porque eu mal acabo de acordar,logo comigo estas.
Roubas-te meu zelo.........minhas pérfidas aventuras...........descortinas-te linda formosura........meu velho peito taciturno........
Me invadiste,me roubaste..........me ensinaste que depois da tempestade vem sempre a bonança........
E me convidas diariamente....a ter esperança............
Enfim te apossaste de mim nesta tua etérea contra dança.......e aquilhoás-te meu peito....minha meiga criança..........
Leve. se.....apossa deste teu homem.........
Mas não sumas.......camafeu..........agora este peito é teu........
Te imploro não se vá......volte a mim........
Enroscas-te em mim feito serpente ajeita-te.....no meu peito de novo......
Gruda neste homem saudoso dá-me do teu mais cálido murmurinho....
Afugentas as velhas mágoas.......
Amotinas as minhas lágrimas........sorris cúmplice só pra mim.....
Digas que queres o meu regresso.......
Abraça-me e digas que me esperas......
Acalentas neste teu pobre homem......teu alarido de pantera!