EPITALÂMIO DE SAUDADE

Tu ias em flor:

Não sei teu perfume,

Não sei teu calor.

Não sei tua graça...

Tu ias contente:

Não sei se na frente

daquela idade

ia a saudade

de um rio perfumado

de águas felizes

que um dia nos viram contentes

Tu ias soberba:

Não sei se na alvura

do teu caminhar

Contigo seguia teu pai,

um amigo ou um irmão.

Não sei se teu cetro de ouro

luzia tua mão ou teu coração.

Mas ias soberba...

Não sei do abraço,

do laço sagrado da tua união.

Nada sei!

Apenas que dois cristais tilintaram meus olhos,

Floriram as faces e rolaram vivos ao chão.

Ivonete Frasson
Enviado por Ivonete Frasson em 07/08/2011
Reeditado em 07/08/2011
Código do texto: T3145221
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