EPITALÂMIO DE SAUDADE
Tu ias em flor:
Não sei teu perfume,
Não sei teu calor.
Não sei tua graça...
Tu ias contente:
Não sei se na frente
daquela idade
ia a saudade
de um rio perfumado
de águas felizes
que um dia nos viram contentes
Tu ias soberba:
Não sei se na alvura
do teu caminhar
Contigo seguia teu pai,
um amigo ou um irmão.
Não sei se teu cetro de ouro
luzia tua mão ou teu coração.
Mas ias soberba...
Não sei do abraço,
do laço sagrado da tua união.
Nada sei!
Apenas que dois cristais tilintaram meus olhos,
Floriram as faces e rolaram vivos ao chão.