QUARTO DE BRINQUEDOS
A menina que vivia no quarto de brinquedos
Aprendeu a ter medo de brincar de faz de conta
No dia em que eu cresci
Descobriu que entre seus risos e lágrimas
Tudo e nada não é válido senão houver uma lógica explicação
Só porque eu cresci
Entendeu que seu casulo de libélula em metamorfose
Pode ser maior que o mundo quando está feliz
E infinitamente pequeno quando sente solidão
Nas emoções que sinto depois que cresci
A menina quer suas bonecas, seus sonhos
Os brinquedos feitos de fantasia
Pra ali ficar livre e inocente até dormir
No velho quanto da infância
Segura e protegida
Dentro de mim.
Irene Cristina dos Santos Costa - Nina Costa, 05/08/2011