MEMÓRIA DO BRAVO INFANTE

Vai nobre infante

Cruzar os mares da solidão,

Do lugar onde covardemente não voltarás.

Serás como vento

Carregando a fumaça

Que sobe das caldeiras,

Serás também como o fogo

Que alimenta a fornalha dos sonhos,

Vai adorável infante ser lembrança,

Lágrima e dor;

Vai infante, pois apesar de tua nobre

Razão de navegar

Não verás o fruto

De tua nobre arte.