UMA TARDE DE SAUDADE
(Sócrates Di Lima)
Uma tarde de saudade,
Não é uma tarde qualquer,
É uma tarde que a nostalgia me invade,
E traz-me de longe a " feice" da minha mulher.
Digo "minha" como forma de carinho,
Pois, ninguém é de ningúem,
Mas,o nosso compromisso permite esse jeitinho,
Que é tomado de amor também.
Estou aqui em outra cidade,
Cuidando dos meus afazeres,
Mas, em matéria de saudade,
Nâo importa o lugar, por ela tenho deveres.
E desse carinho eu nâo me desvencilho,
E de nenhum outro vindo de minha mulher,
Nenhuma distância é empecilho,
Para que dela me lembre do jeito que a saudade quer.
Como se um anjo,
Num berço improvidado do dia,
Como se num sono tranmquilo do arcanjo,
Saudades sonhadas no berço da poesia.
E neste tom enfático,
Basilissa é a minha tarde,
Pois, sou sistemático,
Meu amor por ela é dono da minha tarde de saudade.
Basilissa
a outra metade está aí .
mas a metade daqui ,
é tão intensa e forte ,
que já não é mais metade ,
tornou-se inteira.