TAPERA VELHA

Se avista ao longe lá do estradão

Resto de saudade é o que lá mora

Até os pássaros cantam a solidão

Tapera velha a ausência eterna chora

Era casa de barro coberta de capim

Na chaminé, fumaça que a taipa esquentava

Hoje não existe a família de nhô Joaquim

O qual na casinha antiga ali morava

Só existem pedaços jogados pelo chão

Daquela casa que algum dia era

Também ficou ali a chapa do fogão

Quanta saudade ao olhar a velha tapera

Meu coração chora a tristeza quando passa

Já da beira da estrada de distante se avista

Não há cheiro de comida nem na chaminé fumaça

Nem existe a família para fazer uma visita

Só restam lembranças do que um dia foi

Já não vejo por fora a dona Senhorinha

A qual tocava já cedo a vaca e o boi

E tratava os porcos os cachorros e as galinhas

Não existe mais o rancho com aconchego

Nem sei mesmo o paradeiro desta gente

Ali quanta alegria paz e o sossego

Só existe a tapera que saudade o coração sente

Saudades e lembranças são o que lá mora

O chão falasse contaria a sua história

Só me resta eternas recordações agora

Tapera velha doces lembranças na memória

verginia
Enviado por verginia em 24/07/2011
Código do texto: T3115115