O Prelúdio do Latente

São milhares de olhos famintos

Se escondendo na escuridão densa da noite,

Onde o silencio é a voz que não cala,

E eu por hora fito o vazio com pés descalços no chão da sala,

E não há sono, tampouco há o que fazer,

Mas há desespero,

Desespero por não ter...

E ainda que não grite,

Há à presença da serpente rastejante de escamas preto-e-branco

Branco como o lençol vazio na cama,

Negro como a cor que a saudade tem.

E na eloquência do prelúdio, que se inicia no romper da aurora.

E da noite onde o sono não visita em insistência, mas em parcela.

Acordo com a sua voz a sussurar no meu ouvido

Implorando amor comigo

Me chamando de " meu bem ".

Charlene Angelim
Enviado por Charlene Angelim em 22/07/2011
Reeditado em 22/07/2011
Código do texto: T3112261
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