De que me serve?
Na construção do poema engulo os verbos.
Rasgo palavras ao meio.
Me serve a metade de qualquer carinho,
Rumino a saudade.
De que me serve o poema?
De que me serve?
A noite engole a vida e silência...
Lá fora a esperança fica pendurada...
Imortal feito a saudade...
Do carinho, me serve qualquer metade.
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Interação da Poetisa Camila Senna
A saudade rasga qualquer palavra ao meio...
Nos deixa muda no nosso mundo.
Nos deixa surda no viaduto,
Nos deixa ébria de tanta saudade.
O tempo para quem sente saudade, não corre...
Andamos perdida, sem rumo, sem tino, sem direção...
Debaixo do chuveiro nos entregamos
Deixando a água cair sendo sugada pelo ralo.
A saudade é o sentimento mais ingrato
Que infelizmente não temos a opção de não sentir.
Camila Senna.
Obrigada querida, é uma honra tê-la aqui.
Beijos.