O CHORO DO POETA

Silencio que o poeta chora a página virada,

O canto de gloria em prol da sua amada,

Deusa vestida de encanto raro,

A emergir do sonho em plena madrugada.

Silencio. Durma alma sofrida esse desencontro,

Represa a lágrima no esvair do pranto,

Riso esmaecido, cortejo de saudade,

Amor aprisionado a buscar sua vontade.

Seque o suor frio que moureja a fina face,

Brilhe no espelho a voz que emudeceu,

Cale o vento em plena tempestade,

Sufoque esta dor que no peito envelheceu.

Erga um monumento ao verso tão sofrido,

Emudeça o pranto, sufoque o gemido,

Ressurja na lembrança a face desse amigo

Poeta, solte suas asas nesse gesto reprimido.

CRS 17/07/2011

TEACHER
Enviado por TEACHER em 17/07/2011
Reeditado em 22/03/2015
Código do texto: T3100133
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