Sublime Sofrer

O calor de uma lágrima
Clandestina de saudade
Debulha no peito em flor
O desabrochar do amor

Floresce no imenso vazio
Da impossível ausência
No etérico perfume
De sentir o que não vê

Quer reviver o amor na dimensão que for...

Navega com a eternidade
Lambe a própria ferida
E entre os seios o imo
Rio que corre pro mar...

Faz as pazes com a vida
Na sublime reverência
De manter o desapego
Oh liberdade infinda...

Mistura-se na saudade
Honra a dor redimida:
O amor que ora abarca
É sua esperança na vida!




Lídia Carmeli
Enviado por Lídia Carmeli em 15/07/2011
Reeditado em 15/07/2011
Código do texto: T3097286
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