Ilhas
Um ensaio sobre as dores do mundo
digo agora, para não me sentir mudo,
neste mundo vazio de sentimentos,
vasto é, mar de arrependimentos.
Não há,
escolha para o amor.
Nem tampouco
cores nesta flor...
Você diz: "até outro dia".
E eu até não me importaria.
Com que pernas correrias?
Pois, ônibus, já não há,
na madrugada, ruas vazias...
Ao menos comigo, você está.
Apenas agora...
Apenas nesta hora...
Antes do fim da aurora.
Pois... outro dia
não sei se chegará.
E se eu disser
que só quero lhe abraçar.
Se por dissimulação me cerco
já não há como nadar,
a correnteza que leva-me além mar
essas palavras podem me salvar.
São demais pra mim,
sentimentos assim,
incertezas sem fim,
palavras... enfim.