SAUDADES EM MIM

Deságua nos olhos saudades

Dos olhos que sempre me olharam.

Cerrado por dor ou maldades

No rosto fastio molharam.

Vida minha caminha funeste

Num fundo buraco inerte.

Saudade que rega a flor silvestre,

Caminhos floridos que não me diverte.

Procuro o descanso em teu regaço,

Lugar em que meu sonho guardava.

Tirando meu medo com desembaraço

Mostrando-me o caminho da longa estrada.

Oh! Tempo impiedoso e veloz

Que tira de nós um pedaço.

Que deixa a saudade algoz

Que inerte o braço para o abraço.

Luiz Carlos Santos
Enviado por Luiz Carlos Santos em 07/07/2011
Código do texto: T3080787
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