SAUDADES EM MIM
Deságua nos olhos saudades
Dos olhos que sempre me olharam.
Cerrado por dor ou maldades
No rosto fastio molharam.
Vida minha caminha funeste
Num fundo buraco inerte.
Saudade que rega a flor silvestre,
Caminhos floridos que não me diverte.
Procuro o descanso em teu regaço,
Lugar em que meu sonho guardava.
Tirando meu medo com desembaraço
Mostrando-me o caminho da longa estrada.
Oh! Tempo impiedoso e veloz
Que tira de nós um pedaço.
Que deixa a saudade algoz
Que inerte o braço para o abraço.