AS REMINISCÊNCIAS DA SUA BELEZA LAURA
A primavera da vida
Singela mãe do amor
Despediu-se de Laura nesse dia
Deixando a saudade e a dor.
Num rito inconseqüente e doloroso
Seus lábios habituados a ri se fecharam
Ante a onda de angustia de não ter força
Para manter acesa a chama da alma...
Corre as horas no seu compasso
Corre a dor transformada em lagrimas
Incontrolável se vão nas correntes do ar
As reminiscências da sua beleza Laura.
Veste-se a família de desesperos
A mente fervilha de mil perguntas
Não se entende essa despedida apressada
De um ser que amava e era amada no mundo.
Agora ali, ela já não responde nem ouve
Os lamentos daqueles que lhe cerca os lados
Falando em lagrimas do grande amor
Estático, sem cor naquele corpo tácito.
Saudades é o amor que fica
É os momentos que juntos vivemos
Nas noites alegres e infinitas
Do ontem que se foi no vento.
Luiz Gonzaga Bezerra