UMA MANHÃ DE INVERNO - OLHAR DE MINHA JANELA
(Poema para Basilissa)
(Sócrates Di Lima)
...E quando me abre o leque do bom dia,
No sorriso que ela oferece,
A labuta se faz poesia,
E viver a vida na vida que me merece.
Nostalgia pinta a manhã de cinza cor,
O Sol mal dormido nem se levantou,
A Lua que bem cedo se deitou,
Deixando a manhã em orvalhada flor.
E que cântico ouço no suspirar do dia,
Como uma avezinha em um galho de Ipê,
Alheia a tudo que a rodeia, se faz vigia,
Do dia frio que seu olhar vê.
Cenas corriqueiras de dias em neblina,
Notadas apenas por quem tem olhos de saudade,
Pois todo olhar que dobra a esquina,
Se depara com com sua ansiedade.
Gotas de orvalhos se deslocam na janela,
Lá fora o vento frio acaricia a face da donzela,
Que caminha pela calçada como uma passarela,
Sem se importar com o tempo que parece ser dela.
Vejo folhas silenciosas que se soltam,
E buscam a grama úmeda sem disfarce,,
No solo orvalhado elas tocam,
Como mãos carinhosas tocam a face.
Então o pesnamento longe voa,
Busca o olhar de BASILISSA a mulher amada,
E com ele a alma entoa,
O tom da saudade da minha namorada.
Obs. Este poeta, como todos os outros 1936 foi escrito exclusivamente para BASILISSA, algum tolo achou que não!. He..he..he..