Anum Branco
O choro do anum branco
Faz chorar o coração meu.
Chora ele, choro eu
Pela dor de uma saudade!
O seu canto o alivia,
Porque chora__ eu sei bem;
O que me falta, ele não tem.
Juntos, temos a saudade.
De correr pelas campinas,
Indo em busca de um pomar.
Eu e ele a cantar.
Ai, que doce saudade!
Saudade de um tempo bom,
Saudade do que ficou,
Saudade é o que restou
De uma infância em liberdade!
Águeda Mendes da Silva
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Vejam que bela interação
de Milla Pereira
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Anum branco quando canta
Pela manhã, no quintal
Parece até que espanta
Da vida, todo o mal.
Quanta saudade do canto
Daquela ave tão bela
Que mais parecia o pranto
Que eu deixava na janela!
De tudo tenho saudade
Do canto do anum branco
Do povo lá da cidade
Dos sustos e solavancos!
Me perdoe, minha amiga,
Você me fez reviver
De minha velha fadiga
No desejo de aprender!
Águeda, não resisti a estes versos
que me remeteram a minha infancia
e deixei os meus, simples mas verdadeiros. Beijos, Milla