SEM INSPIRAÇÃO


Nem com o suave som de uma lira
a minha mente, hoje nada inspira,
não consigo escrever um versinho.
Tentando encontrar a inspiração,
perdi o meu tempo com o violão
falhou até as notas do cavaquinho.

Nenhum tema, tudo vazio vejo
nem mesmo o velho e seu realejo,
nada, em mim hoje despertaria.
Sem escrever, frio, o que me resta?
Ai morre o meu motivo de festa,
a noite, nem sairei para a boemia.

Já falhou até os tangos do Gardel,
e nem olhei para as estrelas do céu,
só não tentei afinar a mente no esmeril.
A minha vizinha com seu belo vulto
hoje está parecendo mais um insulto,
desisto, hoje nem poesia infantil.


GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 21/06/2011
Reeditado em 21/06/2011
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