Marinheiro revés

Não queria em nada pensar

Nem em ti, nem em nada

Para min seria um conforto

Evitar o eterno desgosto

Em viver aguçar

A velha mente estabanada

Que vive a imaginar

Um grande e movimentado porto

No louco vai-e-vem do atracar

De navios as suas ancoras a içar

Marinheiro em sua luta aventurada

Imaginação voltada ao desporto

Mais com certo contra gosto

Vira saboroso tira-gosto

E um farto sorriso enfeita seu rosto

Que da proa ou do convés

Mal se sustenta sobre os pés

Num movimento de revés

Tudo se resolve em um baile de agosto

Não se podendo imaginar

Satisfação estampada no rosto

Do marinheiro que não mais quer pensar no porto

JOSENALVO JOSA CERQUEIRA
Enviado por JOSENALVO JOSA CERQUEIRA em 20/06/2011
Código do texto: T3047395
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