OLHAR INFINITO O DE BASILISSA
(Söcrates Di Lima)

Sob um manto qual neve,
Olhos nuvens esparssas,
Um azul mesclado leve,
Mostra um céu em cores rasas.

Os meus olhos fitam,
Um infinito busca,
Dentro de mim algo grita,
Onde esta quem não me ofusca.

E la distante,
Além da linha do horizonte,
Olhos procuram o mirante,
Além do seu alcance a bela fonte.

Então vejo tudo dentro de mim,
Como algo mudo num grito,
Algo azul que me guiou, enfim,
O seu olhar infinito.

Quero tanto saber,
Se esse olhar me vê,
Porque o meu mais querer,
É olhar pra você.

Mas a distância me cega,
Me rasga e me corta,
Me sacode, me esfrega,
Bate á face á porta.

E só me resta a poesia,
Para olhar dentro e fora, assim,
Como quem se mistura ao dia,
Como quem se mistura em mim.

Tarda a tarde que fecha o dia,
Traz e começa a noite fria,
E o seu olhar que antes eu via,
Escurece na noite á espera de sua magia.

E ao fechar meus olhos eu vejo,
Dentro de mim, o dia ainda claro e em agito,
Meus lábios trêmulos a espera do beijo,
Que ainda chega, do seu olhar infinito...

....O olhar de Basilissa..

Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 11/06/2011
Reeditado em 10/07/2011
Código do texto: T3028859
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