RIO DE SAUDADE DE BASILISSA
(Sócrates Di Lima)
Prumo o olhar pro horizonte,
Vago meus pensamentos,
Procuro encontrar a fonte,
Do meu doce sentimento.
Abre-se cortinas de saudades,
Prazeres descortinados,
Como um riacho fundo em intensidades,
Cristais coloridos em cachoeira derramados .
E no rio que corre pelas minhas veias,
Trazendo em abundância cristais lavados,
Misturando nos pensamentos em cadeias,
As vontades que no amor foram traçados.
É o meu rio alagado,
Nunca banhado por lágrimas frias,
E o que corre no meu rio encantado,
Saudades, lembranças e poesias.
E quando a chuva dos meus sonhos derramarem,
Em gotas sólidas fragmentadas pelo choque ao solo,
Correrão pelo rio que meus desejos reservarem,
Todos os cristais líquidos de um amor de colo.
Ah! E no leito do meu rio, manso e multicolores,
A vida fluirá em intensas e mágicas fantasias,
Onde o amor se deita e espera os sabores,
De se deleitar nos versos das minhas poesias.
Então a beleza inquieta será dona dos meus sentidos,
E o meu riacho transbordante de felicidade,
Não deixarão meus sonhos se tornarem esquecidos,
E o meu coração será simplesmente um rio de saudade...
...de Basilissa.