Perfume de Saudade

Meu poema,

Pode ser que amanhã

Encontre-te em diferentes ventanias

Semeando outras palavras,

Dando-me um novo fim

Para um início ainda a deriva!

Quem sabe,

Mares nunca dantes navegáveis

Se abram em compilações etéreas

Aparando lágrimas, deixando pelas margens

Breus e tristezas destas madrugadas

Quase sem fim!

Meu poema,

Embora hoje o meu peito lateje pequeno

Minhas mãos vão continuar

Buscando entre as preces

Cores e músicas, eleitoras

De todo vinho conduzindo

O preito de todo o sentimento!

Ah! Eu não saberia dizer,

Quantos versos ainda me restam

Revelando-me em amor

Toda e qualquer palavra

Brilhando na luz, no violeta da pele

Que deixou no olhar,

Um perfume de saudade!

Auber Fioravante Júnior

04/06/2011

Porto Alegre – RS