RUÍNAS DO TEMPLO

Vendo agora, o templo tão abandonado,
velho, corroído pelo vento, desprezado,
senti que essa imagem na mente doía.
Sinto na alma um filme do meu passado,
segundo minha mãe, ali que fui batizado,
rever o templo assim jamais queria.

Está tão velho, num completo isolamento,
eu, que o conservava tanto no pensamento,
ao lembrar tantas lindas festas de São João.
Em tantos anos, tudo foi se desmanchando
todos os colonos, foram  daqui se mudando,
quem mora aqui hoje, e somente a solidão.

Agora sem ninguém, ermo, um calvário,
chora a alma, ao ver assim triste o santuário,
em ruínas,tantos buracos, prestes e ruir.
Ao ve lo, recordo os tempos de criança,
e sei que em minha alma, essa lembrança,
da mente, não conseguirá jamais fugir...
GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 05/06/2011
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