A saudade sossegada do meu canto

Canto de olho que abrigo meu encanto

Sagrado instante de afago do recanto

Fagulha de saudade permutada

Beijo quase doado na estrada...

Se este querer é sagrado

Eu acolho em todas as vestes

Que tirei da lua, das borboletas

Do sentido dourado do existir...

Morrendo todos os dias sigo

Com nostalgia, grãos de sede

Bebidos no canto do meu olho

Que já não contempla paredes...

Saudades de ti meu amor

Dos versos que não declamei

Das rosas que não perfumaram

Dias que eu não busquei...

Agora chega-me a compaixão

E sei que aqui moras

Em todas as sementes de alegria

Que depositaste na Aurora!

05/06/2011

Este texto traz a saudade do meu irmão- LANDO- que desencarnou em 2007

Sei que estás partilhando o brilho com as estrelas!

Julia Rocha
Enviado por Julia Rocha em 05/06/2011
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