CARTINHA
CARTINHA
Ainda hoje me lembro, dessa façanha de outrora, quantas cartinhas escritas saudosas, amorosas e as vezes melancólicas.
Mas, o importante era, chegar nas mãos do destinatário. Muitas vezes cerrávamos a porta e amarrávamos com um arame ou tira de pano e esticava a canelinha pra cidadezinha para depositá-la
No correio. Ah, numa angustia e tanto para que a mesma chegasse logo ou na ânsia para obter a resposta. Mas, o tempo inclemente deu vaga para a era digital que nos trouxe a facilidade na escrita mas, não apagou a saudade que ate hoje está escrita a mão neste peito saudoso que ainda dói e reclama por esses remotos tempos. E como dói.
Laurindo Marques Ferreira