Fosco espelho insinuante
Cúmplice da imagem que vejo
Joga-me ao passado recente
Atiçando-me o desejo...
 
Seu belo corpo esguio
Atira-me às fantasias:
Encarno-o num poeta
(Simplesmente analogia...)
 
E entrego-me ao sonho
De ter-te perto de mim
E sinto que deste amor
Jamais verei o seu fim!
 
E revivo o aceno
De sedução pra nós dois,
Um chamado obsceno...
E a calmaria depois;
 
E no banheiro me adentro
Jogando-me em seus braços
Ao doce gozo do amor...
Delicia depois do cansaço!