SAUDADE MARCADA
(Sócrates Di Lima)
 
E quando a noite chega,
E a canção que ouço me toca,
Não sai da mente minha NÊGA,
E a saudade me sufoca.
 
Ah! E a noite escura me absorve,
Envolve-me num tema eclético,
Então minha lembrança me absolve,
Num leve toque poético.
 
Ah! Minha Maria que de longe me escuta,
No pensamento que minha saudade leva,
Traz as vontades ocultas que meu coração reluta,
Mas se entrega no desejo que da ausência releva.
 
E como de sede exclama meus lábios nus,
Quando no pensamento teus lábios umedecem os meus,
Sonhar é preciso quando a distância reluz,
E mostra em lampejos os olhos da vontade de Deus.
 
A noite se agiganta e toma conta do meu pensamento,
E eu fecho os olhos na canção que ouço,
Trago BASILISSA para perto de mim nesse momento,
Sem nenhum esforço.
 
E meu coração bate descompassado,
Uma saudade profunda,
Cada detalhe, cada momento lembrado,
Arrancado do fundo do amor que se funda.
 
É amar sem se importar com a distância,
É receber de longe os cuidados da amada,
E tudo que tem relevância,
Fica no coração e nesta saudade marcada.

Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 29/05/2011
Reeditado em 10/07/2011
Código do texto: T3001852
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.