Recanto de lágrimas
Sou o canto dos ventos,
a brisa que o sol aquece.
Um suspiro dos tempos
no andejo que amanhece.
Sou a fala que chora
que foi e não voltou.
Onde a natureza mora,
eu sou o que sou.
Eu sou o amor nascido
que Deus fez e plantou.
Eu sou enriquecido,
cheguei e aqui estou.
O meu pai que mandou
ser amor e gratidão.
Sou o que sobrou
do nascer da ilusão.
Levo lembranças contidas
nesta passagem de atritos.
Lágrimas de muitas vidas
no silêncio e nos gritos.