Folhear a memória
Na esperança de um novo clarear,
Desfolho as recordações que latejam,
Na minha memoria, no meu coração, no meu ser…
Revivo a coragem da tua própria impotência
Contra o fascínio do vento que te galopa velozmente.
O teu olhar desatento trilha novos caminhos.
Embalada em inseguranças e incertezas,
Carregas contigo as tuas lembranças
Que se vão lentamente dissipando no ar.
Olhando os teus olhos vejo um raio de sol que brilha.
Acalento no peito o grande tesouro que me doaste:
Um oceano de misericórdia que transborda
Em, cada gota uma lágrima de saudade.