Saudade

A saudade

É o amargo que mata

A dor da ausência do bem

Do tempo que longe se vai

Saudade é um jardim espinhoso

Da flor, que com o vento se cai

É o sofrer de um ser

O morrer do nascer

De uma história de amor

Que na rotina da vida

Apenas a ferida

Foi o que ficou

Saudade uma flecha

Que atinge o coração

Que rouba da alma o sossego

É o apego da solidão.

Assim, no verso do reverso

Vou sem destino na multidão

Sem flores na mão

Pés descalços

Caminhando na saudade

Abraçado com a desilusão