Poeta vagabundo
Minh´alma de poeta vagabundo
Se nega a esquecer
A mulher que um dia amei sem freio
Nas noites de tristeza
No balcão de um boteco qualquer
A saudade toma cerveja comigo
Brindando a tristeza
Esperando o amanhecer de um novo dia
Batucando samba numa caixa de fósforos
O copo sorri pra mim
É como se tivesse ali
Os dentes e lábios da mulher que um dia amei
Dona de tal “coração leviano
Que nunca será de ninguém”
A fumaça do incenso me abraça
É o perfume
É a minha dama
Com sua dança voluptuosa
Convidando para voar
Já passei da conta
A saudade foi anestesiada
E já se debruçou bêbada numa mesa
Peço a conta
A tropeço sozinho novamente pela cidade amanhecida