Poeta vagabundo

Minh´alma de poeta vagabundo

Se nega a esquecer

A mulher que um dia amei sem freio

Nas noites de tristeza

No balcão de um boteco qualquer

A saudade toma cerveja comigo

Brindando a tristeza

Esperando o amanhecer de um novo dia

Batucando samba numa caixa de fósforos

O copo sorri pra mim

É como se tivesse ali

Os dentes e lábios da mulher que um dia amei

Dona de tal “coração leviano

Que nunca será de ninguém”

A fumaça do incenso me abraça

É o perfume

É a minha dama

Com sua dança voluptuosa

Convidando para voar

Já passei da conta

A saudade foi anestesiada

E já se debruçou bêbada numa mesa

Peço a conta

A tropeço sozinho novamente pela cidade amanhecida

Antoni Fontes
Enviado por Antoni Fontes em 19/05/2011
Código do texto: T2980390