CHUVA E SAUDADE
(Sócrates Di Lima)
Olho o tempo lá fora,
A tarde se fechou de repente,
O sol que me rodeava foi embora,
Deixando a tarde um tanto irrevente.
E ao fechar a porta do sol ardente,
abriu-se a janela da minha alma turva,
E a saudade que andava tosca e carente,
Chegou molhando inundando-m com a chuva.
Ah! Essa tarde de domingo,
Que me envolve na nostalgia que invade,
Contudo eu preferia estar dormingo,
Para não me entristecer com esta saudade.
E la fora, trovões e relâmpagos rasgam a cidade,
Como desargas de sentimentos que se soltam,
Em raios de notalgia e saudade,
Sonidos insurdecedores que alma e corasção desconfortam.
Porém, na verdade,
Esta saudade é apenas uma nota,
Que faz tocar a melodia da intensidade,
Da carência de um querer batendo á porta.
E no lusco fusco deste domingo a tarde,
Traz lembranças dos momento de amor que vem com voracide,
Em querer que minha alma viva a intensidade,
De um momento involuntário de chuva e saudade.