Matando a Saudade
 
Ernesto Alves, terra abençoada,
Onde tantas vezes vim descansar
Volto hoje para te rever
Matar um pouco a saudade...
 Pois há muito tempo
Não vinha te visitar!

Ah!... como é gostoso aqui chegar...
Perder-me em teus verdes campos...
Respingados de mil cores 
  Que a primavera pintou.
Colher as pequenas flores
Que a natureza ofertou!
 
Ouvir os bem-te-vis, os pardais,
Os canários e os periquitos
Que em uníssono entoam gorjeios,
Numa mistura de sinfonias
Que acalantam nossa alma,
Transmitindo paz e harmonia.
 
Andar por tuas ruas
atapetadas de verde,
asfalto de que a natureza natureza
sozinha se encarregou.
 
Bater um papo com os vizinhos,
gente amiga de verdade,
que diferem das grandes cidades
pela simplicidade e o bom coração.
Dar a cada um meu abraço
ou um aperto de mão.
 
À tadinha descer a ladeira,
Dar um mergulho no rio
de águas claras e frequinhas
livres da poluição.
 
Deitar com o cantar dos grilos,
No brejo, as rãs a coaxar,
Ouvir o pio da coruja,
Pelo parceiro a chamar,
Acordar com o canto do galo
E o mugido do gado a pastar.

Levantar bem cedinho,
Pra ver o sol despertando.
Lá de trás do verde morro,
Devagarinho vir despontando
Com seus raios coloridos,
Que o  dia vão enfeitando.
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Para quem não conhece,
Ernesto Alves, é um distrito de Santiago, RS
distante, mais ou menos uns 25 Km.
É banhado pelo Rio Rosário.
Lá, muitas famílias possuem moradias,
onde costumam passar os finais
de semana ou mesmo as férias de verão.
 
27-5-2007













































 
Antonia NeryVanti (Vyrena)
Enviado por Antonia NeryVanti (Vyrena) em 12/05/2011
Reeditado em 31/05/2021
Código do texto: T2965238
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