O SILÊNCIO DA MOENDA


Hoje , está parada até a moenda,
reinando aqui está a quietude,
tão silenciosa e erma a fazenda,
estou triste, mas chorar não pude...

Passa em silêncio a gralha,
isso parece uma navalha,
cortando minha juventude....

Recordo algo bem real, não uma lenda
que prende em minha alma, como gude,
é um muro fechado, sem nenhuma fenda,
preso na mente, como a água num açude...

A vida então embaralha,
por que a saudade não falha,
e não tem quem me ajude...

Silêncio total, torna a loucura tremenda,
esse e o mal de quem gosta, ama e se ilude,
reve la? Nada marcado em minha agenda,
o viver se torna monótono, frio e rude...

Enfrentando a batalha,
não vencendo a muralha,
um coração se desilude...

GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 08/05/2011
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