A minha mais bela flor - Parte II
Mamãe, tenho tanto pra te falar e não sei o que faço,
necessito de seu colo, de seu abraço,
queria tanto poder te abraçar,
mas o inalterável não se pode alterar...
Se houvesse um telefone pra gente conversar,
te contaria das coisas que eu fazia quando viajava,
falaria de minha saudade e iria querer saber como estava.
Choraria demonstrando a falta que um ao outro fazia,
repetiria que tê-la como mãe era pra mim muita alegria.
Mamãe, sei que o meu carinho por ti não foi o maior,
mas, foi todo teu, por isso foi o melhor.
A saudade nos deixa frágil e carente,
ela é como doença crônica sem tranquilizante que aguente,
não é fácil esquecer o que ficou para trás.
Mamãe, se soubesse a falta que você me faz!
Só Deus pode modificar o que já aconteceu,
minha mãe não está mais aqui, é uma flor que não pereceu,
nem pude a ela dizer que o meu maior amor foi seu.
Estou agora com os meus olhos de lágrimas molhados,
mas sei que não ficaremos eternamente separados,
entre nós nada acabou e nem teve fim,
ela sempre será um anjo para mim.
Tê-la como mãe foi para mim muita alegria,
eu a sinto me acompanhando na estrada do dia-a-dia.
Tive ao meu lado a mais bela flor,
que foi adubada com muito carinho e amor.
Dom Galaz/Antonio Pizarro