SEMPRE VIVA
Mãe, hoje é o teu dia;
É o dia do mais puro amor.
A terra inteira tem cheiro de poesia...
A minh’alma tem cheiro de dor.
Cedo partiste e sozinho me deixaste.
Não sabias, minha mãe, que o mundo é cruel?
Por que, minha mãe, por que me desamparaste?
Por que foste, sozinha, morar no céu?
Tu nem imaginas como tem sido a minha vida.
O mundo, mestre ímpio, orienta os meus passos.
De todas, a tua ausência é a maior ferida.
Quisera, neste momento, voar célere,rasgar
Os ares à tua procura... ferir teu espaço.
Sozinho aprendi tudo o que sei.
Mas tudo o que sei não possui nenhum valor,
Pois faltou a pureza do teu toque;
Faltou a grandeza do teu amor.
Assim vivo, e a saudade bate em minha porta
A lembrar-me que jamais pronunciei teu nome
Com as mãos nas mãos, os olhos nos olhos...
Esta saudade, minha mãe,
Aos poucos me consome.
Em mim, a única lembrança viva
Que de ti restou,
Remonta ao dia
Em que a vida te abandonou.
Ó lúgubre mármore, que encerra
De minha mãe o franzino corpo!
Ela, sempre morta, está viva!
Eu, sempre vivo, estou morto!
Alexandre Brito - 05/05/2011
(*) - Imagem: Google
Obs.: Poema publicado no Livro "Fragmentos do Coração" - Editora MJR - 2010
Mãe, hoje é o teu dia;
É o dia do mais puro amor.
A terra inteira tem cheiro de poesia...
A minh’alma tem cheiro de dor.
Cedo partiste e sozinho me deixaste.
Não sabias, minha mãe, que o mundo é cruel?
Por que, minha mãe, por que me desamparaste?
Por que foste, sozinha, morar no céu?
Tu nem imaginas como tem sido a minha vida.
O mundo, mestre ímpio, orienta os meus passos.
De todas, a tua ausência é a maior ferida.
Quisera, neste momento, voar célere,rasgar
Os ares à tua procura... ferir teu espaço.
Sozinho aprendi tudo o que sei.
Mas tudo o que sei não possui nenhum valor,
Pois faltou a pureza do teu toque;
Faltou a grandeza do teu amor.
Assim vivo, e a saudade bate em minha porta
A lembrar-me que jamais pronunciei teu nome
Com as mãos nas mãos, os olhos nos olhos...
Esta saudade, minha mãe,
Aos poucos me consome.
Em mim, a única lembrança viva
Que de ti restou,
Remonta ao dia
Em que a vida te abandonou.
Ó lúgubre mármore, que encerra
De minha mãe o franzino corpo!
Ela, sempre morta, está viva!
Eu, sempre vivo, estou morto!
Alexandre Brito - 05/05/2011
(*) - Imagem: Google
Obs.: Poema publicado no Livro "Fragmentos do Coração" - Editora MJR - 2010