Treze de fevereiro: Adeus, pai...

Não queria teu dinheiro.

Não precisava nem ser inteiro.

Não dava para simplesmente chorar escondido no banheiro

Nem esconder minhas lágrimas por entre as do chuveiro.

Partiste, pai, tão sorrateiro

E ainda cavava a esperança de nossas pazes, eu, distante garimpeiro.

Mas Deus, com sua caneta tinteiro

Já havia escrito no meu luzeiro.

Começava a me talhar homem o eterno carpinteiro

Me tirando do cueiro.

Foge meu paizinho do videiro

No triste treze de fevereiro.

Paulo Fernando Pinheiro
Enviado por Paulo Fernando Pinheiro em 01/05/2011
Código do texto: T2942594
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