Treze de fevereiro: Adeus, pai...
Não queria teu dinheiro.
Não precisava nem ser inteiro.
Não dava para simplesmente chorar escondido no banheiro
Nem esconder minhas lágrimas por entre as do chuveiro.
Partiste, pai, tão sorrateiro
E ainda cavava a esperança de nossas pazes, eu, distante garimpeiro.
Mas Deus, com sua caneta tinteiro
Já havia escrito no meu luzeiro.
Começava a me talhar homem o eterno carpinteiro
Me tirando do cueiro.
Foge meu paizinho do videiro
No triste treze de fevereiro.