OUTRA VEZ A SAUDADE.
Chagaspires
Vem companheira de sempre;
Entra e toma assento na sala de estar.
Vem mais uma vez e reabre a ferida que pensava cicatrizada em meu peito.
Reanima a dor que minha alma tanto anseia esquecer.
Reprisa o filme daquilo que já passou;
Mas, que a minha mente se nega a aceitar.
Tira aos poucos a lucidez que me resta;
E impõe o desvario que o meu ego abomina.
Zomba deste trapo de gente que ainda não aceitou a verdade dos fatos.
E mostra o que o passar dos anos não conseguiram amenizar.
Vem de uma vez e faz da ficção a realidade.
Para que eu possa morrer de saudade,
E dar de novo vazão as lágrimas incrustadas em meu coração.